domingo, 13 de junho de 2010

Corretor de imóveis: despesa?

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Conversando esses dias com um grande amigo meu, que pretende vender um apartamento, lembrei-me de uma das principais lições que se pode aprender com a leitura do clássico “Pai Rico Pai Pobre”: não se deve tentar economizar dinheiro dispensando o corretor de imóveis.

Há um ano e pouco, meu amigo comprou um apartamento na planta, em uma ótima localidade, e tal investimento vem se valorizando bastante. Pela ótima oportunidade de realização do lucro e também por outros motivos, ele me contou que estava pensando em vendê-lo. A primeira pergunta que lhe fiz foi: “Você já arranjou um bom corretor para cuidar da venda?” A resposta: “Não, de jeito nenhum, esses corretores ‘metem a faca’ no seu negócio.”

De fato os corretores cobram sim uma porcentagem sobre as negociações, que a princípio parecem ser um valor muito alto. No entanto, devolvi as seguintes perguntas a meu amigo: “Você trabalha com mercado imobiliário? Você entende a fundo tal mercado? Você tem tempo suficiente para investir no negócio, procurando compradores, cogitando valor de mercado, etc?”

As chances de um bom corretor de imóveis conseguir fazer um melhor negócio com seu apartamento é muito maior do que você tentar fazê-lo sozinho, pela simples razão de ser essa a profissão dele. Nesse sentido, o corretor conhece a fundo o mercado, sabe do valor de mercado do seu imóvel, já conhece compradores que estão dispostos a pagar um valor mais atrativo que o mercado, estabelece alguns parâmetros básicos contratuais e legais que lhe conferem maior garantia de recebimento, além de inúmeros outros fatores positivos. Além disso, muitas vezes a diferença entre o valor da venda intermediada pelo corretor e a venda feita por você será inclusive maior do que a corretagem cobrada. Isto é, você pagará a corretagem e ainda terá um lucro maior do que vendendo o imóvel sozinho. Vale, ainda, considerar o tempo, o empenho e as dores de cabeça que serão economizadas tentado vender o imóvel.

Acredito que por essas e inúmeras outras razões “Pai Rico Pai Pobre”, com o perdão da Contabilidade, nos sugere classificar os gastos com corretagem imobiliária como um investimento, isto é, como um ativo, e não como uma despesa. Isso porque um bom corretor de imóveis terá a capacidade de aumentar o seu patrimônio, e por isso não deve ser considerado como um gasto. No mesmo sentido, economizar com a corretagem pode levar a um mau negócio, e configurar a famosa “economia porca”, no vocabulário chulo. A sugestão, inclusive, é em sentido contrário: cativar o corretor de imóveis, torná-lo seu amigo, seu fã. Reconhecer seu trabalho e ganhar sua estima, mandando-lhe, por exemplo, uma vinho de lembrança no Natal.

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