sábado, 27 de fevereiro de 2010

Primeiros passos no controle financeiro

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Antes de se pensar em planejamento financeiro, é essencial conhecer e passar pelo controle financeiro. Não se planeja nada sem antes saber quanto se tem. Nesse sentido, primeiro é necessário saber quanto se ganha, quanto se gasta e com que se gasta, para depois traçar as estratégias e planos para atingir os objetivos.

O controle financeiro pode ser feito anualmente, semestralmente, trimestralmente, mensalmente, etc. Para começar, indico um controle diário com referência mensal, que funciona anotando a cada dia o quanto se tem para gastar até o final do mês.

Antes de tudo, é crucial saber o quanto se tem para gastar no mês. Para tanto, basta pegar um pedaço de papel e guardar na carteira ou na bolsa, ou utilizar uma agenda, para anotar diarimente os seguintes itens:

1. Quanto tenho de dinheiro na minha carteira?

2. Quanto tenho na minha conta corrente do banco X?

3. Quanto tenho na minha conta corrente do banco Y?

4. Quanto tenho de dinheiro guardado em casa (gaveta, envelope, etc)?

5. Qual o valor da minha fatura de cartão de crédito até agora? (SUBTRAIR)

6. Tem algum cheque emitido para este mês que ainda não foi depositado? (SUBTRAIR)

Quanto ao item 5, em breve escreverei algo sobre ele, mas por hora basta lembrar que os gastos com cartao de crédito são gastos deste mês, e não do mês em que pagamos a fatura. Por isso, devemos subtrair as despesas com cartão no controle do mês atual.

O resultado da soma dos itens 1 a 6 é o tanto de dinheiro que podemos efetivamente gastar até o dia 31. Esse valor não deve ser ultrapassado, pois isto significa que estamos usando o orçamento do mês que vem neste mês. Em outras palavras, fazendo dívidas.

O primeiro passo é conseguir fechar todo mês no azul, isto é, no dia 31 ter pelo menos um pouquinho de dinheiro.

O próximo passo, também de extrema importância, é saber com o que se tem gastado. Pode ser um pouco chato no início, mas é fundamental que todos os dias se anote em uma planilha tudo que se gastou, ainda que de baixo valor. Essa planilha deve ser divida em diversas catergorias com subitens, como: TRANSPORTE (ônibus, táxi, parcela de carro, gasolina, IPVA, estacionamento, manobrista, manutenção, etc), ESTUDOS (faculdade, pós-graduação, livros, cursinhos, etc), GASTOS PESSOAIS (compras, presentes, etc), SAÍDAS (jantares, butecos, baladas, etc), ESPORTES E LAZER (cinema, teatro, academia, etc).

Esse controle dos gastos é importante porque podemos perceber para onde vai nosso dinheiro. Muitas vezes um dos nossos maiores gastos é algo que nem imaginávamos. Outras vezes, uma despesa que já sabíamos ser grande se mostra ainda maior. Além disso, nos meses em que descontrolamos (gastamos mais do que o dinheiro do mês permite), podemos observar a planilha de gastos e perceber quais despesas foram responsáveis pelo vermelho.

Pode não haver necessidade de fazer essas planilhas para o resto da vida, mas no mínimo três meses são necessários para percebemos com o que gastamos nosso dinheiro. Normalmente, algumas pessoas tomam gosto e continuam elaborando as planilhas, que são, de fato, extremamente úteis.

Uma vez que já se tem pleno controle do quanto se pode gastar, e já se conhece as principais despesas mensais, o caminho do planejamento financeiro está aberto, que é justamente programar e aplicar economias mensais com o objetivo de constituir uma poupança.

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